Coleta de DNA de custodiados é retomada nas unidades penitenciárias do Pará
O objetivo é formar um banco nacional de dados, destinado a colaborar com a elucidação de crimes hediondos
Peritos criminais do Laboratório de Genética Forense, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), com apoio da equipe biopsicossocial da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), coletaram na manhã desta quarta-feira (10) material genético dos custodiados nos presídios Estaduais Metropolitano I, II e III, localizados no Complexo Penitenciário de Marituba, na Região Metropolitana de Belém. A ação visa à formação de um banco nacional de dados, destinado a colaborar com a elucidação de crimes hediondos cometidos por condenados pela Justiça em todo o Brasil e em outros países.
Foram coletadas amostras de 121 custodiados, em cumprimento à Lei 12.654/2012, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
"A coleta feita hoje eleva para, pelo menos, 400 custodiados, das mil coletas determinadas pela Senasp no sistema penitenciário estadual" - disse a perito criminal Elzemar Rodrigues, gerente do Laboratório de Exames Físicos, Químicos e Biológico e DNA, do Centro de Perícias Científicas.
Os dados coletados serão enviados ao banco da Senasp
O material genético vai compor o banco de dados nacional da Senasp, que tem o objetivo de cruzar ou relacionar informações sobre crimes hediondos ainda não esclarecidos, ou mesmo os que venham a ocorrer quando estes custodiados estiverem em liberdade.
"As amostras serão levadas ao Laboratório, na sede do CPCRC, onde iremos fazer as análises, traçar o perfil genético e inserir no sistema da Senasp, que irá usar nas investigações desses crimes" - completou Elzemar Rodrigues.
Peritos criminais do Laboratório de Genética Forense responsáveis pela coleta
A coleta marcou a retomada do serviço, que estava suspensa devido à pandemia da Covid-19.
"A parceria da Seap com o CPC Renato Chaves, que possibilitou mais agilidade no retorno das coletas. Com isso, será possível atingir a meta desejada não só pela Senasp, mas também pela Seap. Essa atividade é um grande avanço para a Justiça e para o sistema prisional, já que desvendar crimes por meio do material genético de um indivíduo é extremamente importante. Assim, é possível julgar de forma mais precisa, e até mesmo livrar um inocente da prisão. Tudo isso graças ao avanço da tecnologia na investigação criminal" - ressaltou Leone Rocha, diretor de Assistência Biopsicossocial da Seap.