post-image

Perícia da Polícia Científica contribui para prisão de suspeito de crime 'Cangaço Digital' no Maranhão

Texto: Amanda Monteiro / ASCOM(PCEPA).

A Polícia Científica do Pará (PCEPA), por meio da Gerência de Perícias em Informática (GPI), participou de operação contra fraude bancária, no município de Santa Inês, no Maranhão. A operação, que aconteceu no último dia 4, determinou a prisão de um suspeito, por meio da Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (DEOF), pertencente à A Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), da Polícia Civil do Pará, com o apoio da polícia local.

“A GPI foi acionada pela DIOE pois, embora a fraude tenha partido de uma agência no Maranhão, algumas vítimas são do Pará”, explicou a gerente da GPI e perita criminal, Samira Brício. Segundo as investigações, foram múltiplas transferências bancárias realizadas por meio de duas credenciais de funcionários de uma agência bancária, no município, totalizando uma fraude de 106 milhões de reais.

post-image

Em uma perícia do tipo, é necessário o contato com a área de tecnologia da instituição financeira, buscando maiores informações sobre registros de acessos ao servidor. Os peritos detectaram que foi utilizado um equipamento para rotear dados da rede interna do banco para redes externas. “Foi constatado que o acesso deste equipamento à rede foi realizado do ponto de rede instalado na mesa do suspeito. Além disso, o horário do acesso à rede coincidiu com o horário das imagens da câmera que filmou o suspeito conectando o roteador”, explicou a gerente.

Foram apreendidos 2 notebooks usados pelos suspeitos, um celular e 3 pen drives. Os peritos checarão em laboratório os contatos, as conversas dos celulares, verificando rastros das contas fraudadas nos equipamentos.

“Este tipo de crime é classificado como ‘Cangaço Digital’. O papel do cibercriminoso foi abrir a porta para outras pessoas de fora acessarem as contas. O laudo das perícias nos celulares, notebooks e pen drives definirá o rumo das investigações para encontrar o restante dos criminosos”, afirmou a gerente.